Novo Golpe do Pix na rede: saiba se proteger
No golpe do PIX, a vítima é convencida a transferir dinheiro para uma conta bancária controlada por criminosos. Para isso, eles usam técnicas de engenharia social, como se passar por funcionários de bancos ou instituições financeiras, ou até mesmo criar perfis falsos em redes sociais para pedir dinheiro emprestado. Assim que a transferência é realizada, o dinheiro é rapidamente sacado ou transferido para outras contas, dificultando a recuperação.
Em algumas situações, golpistas enviam mensagens por SMS informando que transações via PIX ou operações com o cartão estão em análise e que para cancelar é necessário ligar na central de atendimento, cujo telefone não corresponde aos números oficiais das instituições financeiras.
O gerente nacional de prevenção à fraude da CAIXA, Renan Correia, alerta para a importância de boas práticas e dá dicas de como evitar golpes bancários mais frequentes. Confira!
Conheça histórias de vítimas de golpes financeiros
Sentimentos de vulnerabilidade, ingenuidade e raiva são comuns entre as vítimas de golpes. Bruna Santos (nome fictício) e sua mãe foram vítimas do golpe do PIX. “Um número desconhecido entrou em contato com a minha mãe, com uma foto do meu irmão dizendo que era o número novo dele. Ela imediatamente adicionou e começou a conversar com o bandido, que pediu que ela realizasse um PIX. Como ela não tinha PIX, ela pediu para eu fazer e eu fiz”, contou Bruna.
Apesar da frustração, Bruna quis compartilhar a história para ajudar outras pessoas a identificarem os sinais do crime e não caírem em armadilhas. “As emoções que prevaleceram por três dias seguidos foram raiva (do criminoso, de mim e da minha mãe) e tristeza, ambas muito intensas. Vivi um luto por esses dias, mas não pela perda do dinheiro em si, mas pela facilidade com a qual eu havia caído em um golpe tão comum. Espero que consiga ajudar pessoas a se protegerem”, disse.
Agora, imagine a seguinte situação: uma senhora aposentada recebe uma ligação em seu celular. Do outro lado da linha, uma voz que se identifica como funcionário do seu banco e oferece uma suposta ajuda para evitar uma fraude que estaria acontecendo em sua conta.
“Recebi uma ligação alegando ser da área restrita do meu banco para informar que meu celular havia sido clonado. Depois de muita conversa, eles me persuadiram a baixar um aplicativo que supostamente resolveria o problema. Eu baixei o aplicativo e dei acesso, pensando que eles iriam me ajudar. Eu conseguia ver eles navegando no meu celular e, quando perguntava o que estava acontecendo, eles simplesmente respondiam: ‘fica calma, é assim mesmo’”, contou dona Maria da Conceição Alves.
Em seguida, pediram que a dona Maria inserisse a senha do aplicativo do banco para verificar as transações. E foi aí que o pesadelo começou: “Eles começaram a fazer transferências via PIX e empréstimos. Quando terminaram, percebi que não tinha mais acesso à minha conta pelo celular. Foi então que liguei para o número atrás do meu cartão e descobri que eles haviam realizado duas transferências via PIX e um empréstimo em meu nome”.
Recentes mudanças do Banco Central
O Banco Central está aprimorando os mecanismos de segurança do PIX para prevenir fraudes no sistema financeiro. Com as mudanças, as instituições bancárias passarão a ter melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de fraude. “O Bacen normatiza transações financeiras e compartilha informações sobre fraudes. Todas as instituições financeiras devem trocar detalhes sobre operações PIX, inclusive a CAIXA. Com essas informações, a CAIXA pode aprimorar seu monitoramento de fraudes e golpes”, explicou o gerente nacional de Prevenção à Fraude da CAIXA, Renan Correia.
As mudanças aperfeiçoam duas funcionalidades disponíveis aos usuários do PIX: a notificação de infração e a consulta de informações vinculadas às chaves PIX para fins de segurança. Com as novas medidas, as instituições financeiras poderão fazer uma marcação das chaves e usuários sempre que houver suspeita de fraude na transação. Além disso, será feita a reformulação de dados disponibilizados às instituições, possibilitando o acesso a informações, como a quantidade de infrações do tipo conta laranja ou falsidade ideológica relacionada ao usuário ou chave PIX. As novas medidas entrarão em vigor a partir de novembro deste ano.
Fonte: MSN