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A Câmara de Comércio Exterior (Camex) avalia elevar de 25% para 35% a tarifa de importação de pneus da China, o que pode impactar diretamente o bolso do consumidor brasileiro. A medida tem como objetivo proteger a indústria nacional, que enfrenta forte concorrência dos produtos chineses.
Segundo dados do setor, entre 2023 e 2024, a China já respondeu por 72% das importações de pneus do Brasil, com volume recorde de 145,5 mil toneladas. Atualmente, 11 fabricantes mantêm 21 fábricas de pneus em sete estados brasileiros e defendem o aumento da alíquota como forma de evitar a desindustrialização e preservar empregos.
Por outro lado, importadores e distribuidores alertam que a medida pode elevar bastante os preços no mercado interno. Como os pneus são insumos fundamentais para frotas de transporte, veículos de carga e motoristas em geral, um reajuste afetaria toda a cadeia de custos, desde o transporte de mercadorias até o orçamento das famílias.
A decisão da Camex ainda está em análise, mas já gera debates no setor produtivo. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou que medidas de proteção são necessárias para garantir a competitividade nacional, mas que é preciso cautela para não penalizar consumidores e empresas que dependem dos insumos importados.
Enquanto isso, o mercado aguarda a definição do governo, que deverá anunciar em breve se haverá ou não a elevação da tarifa de importação.
