A vereadora Iasmin Roloff (PT-RS), de 24 anos, única mulher da Câmara Municipal de Canguçu, foi eleita, sem se candidatar, ao cargo de segunda vice-presidente da mesa diretora para “embelezar” a comissão, segundo declarações de outros vereadores. A justificativa machista repercutiu nas redes sociais.
“Para embelezar essa mesa aí e dar um ‘tchan’ feminino, tem todo o nosso apoio”, justificou Arion Braga (PP-RS).
Ela paralisou a sessão da Câmara e pediu que fosse votada pela competência e defendeu as mulheres do machismo.
Ela havia se candidatado à presidência da Câmara. Iasmin foi vítima de uma violência de gênero, por ter sido avaliada pela aparência.
“No momento, a sensação foi de inquietação, eu fiquei muito incomodada. Quando os vereadores, todos homens, fazem uma votação e usam como única justificativa a minha aparência, eu sendo mulher acho que se caracteriza como uma violência política de gênero”, disse ela ao jornal “O Globo”.
Agora, a vereadora avalia medidas judiciais contra as declarações machistas.
Minha solidariedade à vereadora Iasmin Roloff, que no dia 22/12, foi vítima de violência política de gênero.
Além disso, gostaria de lhe parabenizar pelo esforço na criação da sala das margaridas na delegacia de Canguçu!
Foste eleita por tua competência, não aparência.
Força!
— Maria Regina (@ver_regininharg) December 28, 2021