A Bahia registra 27 casos de violência doméstica por dia, segundo dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Entre janeiro e julho de 2024, as denúncias aumentaram 27,33% em relação ao mesmo período de 2023. Para enfrentar esse cenário, a estudante de engenharia da computação Priscila Araújo, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), desenvolveu um aplicativo que permite às mulheres acompanhadas pela Ronda Maria da Penha de Juazeiro compartilhar sua localização em tempo real com a Polícia Militar.
Tecnologia acessível para salvar vidas
O aplicativo Viva funciona mesmo sem internet ou créditos no celular. Quando acionado, envia uma mensagem via WhatsApp com a localização (se houver internet), um SMS ou realiza automaticamente uma ligação para o 190. Ele também permite ativação por gatilhos de emergência, como três toques no botão liga/desliga ou balançar o celular.
“A ideia surgiu a partir das necessidades apontadas pelos policiais da Ronda Maria da Penha, que buscavam uma solução discreta e ágil para atender emergências”, explica Priscila. O professor Jadsonlee da Silva, orientador do projeto, destaca o impacto social da iniciativa, que integra tecnologia e extensão universitária.
Lançamento previsto para 2025
Atualmente, o Viva está em fase de testes, em parceria com a Ronda Maria da Penha. O lançamento oficial está previsto para o segundo semestre de 2025, com planos de expansão para outras cidades da Bahia e futuramente para todo o Brasil.
Bahia Faz Ciência
O projeto Viva será destaque em iniciativas como a série “Bahia Faz Ciência”, promovida pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que divulga semanalmente projetos científicos que contribuem para a sociedade. Sugestões de pautas podem ser enviadas para o e-mail [email protected].