O clima ficou tenso no Fórum João Magabeira no início da tarde desta segunda-feira (11) durante a audiência de custódia de Rodrigo Porto Oliveira, vulgo Playboy, 22, e Alexandre Cruz Brito, vulgo Parcker ou Xande, 21, suspeitos do assassinato do motorista de aplicativo e estudante de odontologia Hiago Evangelista Freitas, de 24 anos.
Aos gritos de ‘uh, vai morrer’ uma multidão se aglomerou na parte externa e interna do Fórum na tentativa de linchar a dupla. O clima ficou tenso.
O crime chocou a população pelos requintes de crueldade. Apesar dos suspeitos apresentarem versões divergentes em relação a quem arquitetou o crime, confessaram que decidiram matar a vítima antes mesmo de iniciarem a viagem, relatando com detalhes a execução do assassinato de Hiago.
Rodrigo e Alexandre disseram que após a saída de Vitória da Conquista anunciaram o assalto à vítima, utilizando um simulacro de arma de fogo. Hiago foi imobilizado e levado ao local onde foi esfaqueado, teve o corpo parcialmente carbonizado, mesmo ainda estando vivo e a perna arrancada. Hiago ainda pediu pela sua vida. Os bandidos alegaram ter matado o estudante por medo de serem denunciados, mas a policia acredita que exista outro motivo,uma vez que Rodrigo ‘Playboy’ estava na relação de ‘amigos’ de Hiago no Facebook.
Na divisão dos bens roubados, Alexandre ficou com R$ 300,00 (trezentos reais) e Rodrigo “Playboy” ficou com o mesmo valor, além do veículo, documentos, cartões e celular.
Rodrigo “Playboy” utilizou o veículo para passear com a sua namorada no dia seguinte, deslocando-se para vários bairros da cidade, mesmo sabendo que a polícia já procurava por Hiago e o carro.
Na noite posterior ao dia do crime, após a grande repercussão social causada pelo assassinato do universitário, Rodrigo resolveu deixar o veículo roubado nas proximidades da sua residência, no Alto Marom, após adulterar as placas com fita adesiva, sendo que o rolo de fita utilizado também estava em sua residência.
Os suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver, sendo que Rodrigo também responderá pelos crimes de associação ao tráfico de drogas, adulteração de sinal identificador e posse ilegal de munição.
O juiz, Reno Soares, decidiu pela manutenção da prisão preventiva da dupla. Eles ficarão detidos no Conjunto Penal de Conquista.