A Justiça da Bahia condenou Éverton Bruno dos Santos Miranda a 18 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo assassinato da empresária, mãe e avó, Givanete de Souza Nogueira,52 anos, em 2021. Ele matou Givanete porque não queria pagar uma dívida de R$ 15 mil que tinha com a vítima.
Nesta quinta-feira (22), no fórum João Mangabeira, Everton foi submetido ao Conselho de Sentença em Sessão do Júri na Comarca de Vitória da Conquista/BA. Após a ouvida das testemunhas em plenário, o interrogatório do acusado, a manifestação do Promotor de Justiça, Dr. José Junseira, da Assistente de Acusação, Dra. Luciana Silva e por fim, do Defensor Público, Dr. Henrique Silva, o corpo de Jurados entendeu pela condenação de Everton Bruno.
A sentença foi proferida em sessão pela Dra. Janine Soares de Matos ferraz, que aplicou a pena de 18 (dezoito) anos de prisão em regime inicial fechado.
Delegada que presidiu o inquérito policial fala sobre o caso
A delegada Gabriela Garrido foi uma das autoridades que se fez presente no Fórum João Mangabeira, em Vitória da Conquista, na tarde desta quinta-feira (22).
Na época, a delegada era a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), sendo a responsável pelo inquérito que indiciou Éverton Bruno dos Santos Miranda como autor do crime. Ele teria matado a empresária em razão de uma dívida de R$ 15 mil que tinha com ela, após comprar mercadorias em seu CNPJ.
Em entrevista ao Blog do Sena, Garrido relembrou as investigações. “Na época, Deam cuidou de tudo com o Draco e com a [Delegacia de] Furtos e Roubos. Nos conseguimos elucidar o crime rápido e encontrar o corpo. No encontro do corpo, nós tivemos o auxílio da Polícia Militar que tem uma cadela, que foi como a gente encontrou o corpo. Tudo, até agora, está baseado na investigação. A gente conseguiu muitas provas periciais, de sangue no carro dele, eu solicitei exame para as unhas dela, porque ele estava arranhado, fizemos exame de lesão corporal nele para provar que aquelas lesões não eram compatíveis com aquela história que ele estava contando, mas sim com unhadas femininas, então, a gente buscou amarrar tudo da forma mais técnica possível. O resultado está aí, ele está preso até hoje”, disse.
Para a delegada, a condenação do réu serve para mostrar que crime desse tipo não ficam impunes. “Mostra que o feminicídio e o homicídio de mulheres não ficam impune”, avaliou.