Margareth Menezes aceita convite para Ministério da Cultura
Os ministros de primeiro escalão do governo Lula já começam a ser anunciados. A Bahia marca presença com o ainda governador da Bahia, Rui Costa, que ficará a frente da Casa Civil, indicado por Jaques Wagner. Outra baiana, a cantora Margareth Menezes, foi indicada pela esposa do presidente, a Janja. Lula vinha manifestando seu desejo de levar outra vez um símbolo ao Ministério da Cultura para repetir o efeito da nomeação do compositor Gilberto Gil em seu primeiro mandato. De preferência, a ideia é que fosse uma mulher ou um negro.
Logo que aceitou o convite, Menezes viu seu nome entrar em fritura, por não ter experiência em gestão pública. Lula ouviu ressalvas de interlocutores sobre a escolha da cantora para a reconstrução do ministério. O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira e a deputada federal Jandira Feghali são nomes da área política defendidos por militantes e gestores.
Margareth aceitou o convite que foi rejeitado por Marieta Severo e o rapper Emicida.
Por telefone, Caetano Veloso afirmou que o convite à cantora deve ser sustentado. “Acho ela muito boa. Se ela foi convidada, então tem que ser mantido o convite.”
PRODUTOR DE CINEMA CRITICA ESCOLHA
Em mensagem ao PT e a Lula, o fotógrafo e produtor Luiz Carlos Barreto abriu suas restrições à escolha da cantora para o ministério. “Sou um produtor de cinema e militante em favor de um projeto cultural brasileiro. O Ministério da Cultura não deve ter um ministro artista. Como diz a Fernanda Montenegro, quando ela foi convidada por Sarney para ser ministra da Cultura –eu a fui sondar–, o lugar de artista é na trincheira da criatividade, não é nos gabinetes das repartições públicas, oficiais”, opinou Barreto, que prefere o retorno de Juca Ferreira.
“Foram seis anos de demolição. Esse ministro tem que ser um grande gestor, que conheça bem as entranhas de Brasília. Não tenho nada contra Margareth. Tenho tudo a favor de Margareth. É uma pessoa extraordinária e fará muita falta na criatividade”, acrescentou.
Outros ministros escolhidos: Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa) e Mauro Vieira (Itamaraty) foram os primeiros nomes anunciados, em 9 de dezembro. Mercadante é cotado para o presidir o BNDES
Com informaçõe do Jornal de Brasília