Marcha do Orgulho LGBTQIAPN+ promove diversão e acolhimento no Bosque da Paquera
A 2ª edição da Marcha do Orgulho LGBTQIAPN+ foi realizada em Vitória da Conquista neste final de semana, nos dias 01 e 02. Oevento foi organizado por vários coletivos e movimentos que compõem a comunidade LGBTQIAPN+, com apoio da Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Coordenação de Políticas LGBT, setor vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes).
Entre os coletivos presentes a ONG Mães da Resistência, formado por mães, pais e familiares de pessoas LGBTQIAPN+ que se dedicam a oferecer auxílio a quem tem dificuldade de compreender e aceitar os filhos que se revelam membros dessa comunidade. Outro ramo de atuação das Mães da Resistência é auxiliar juridicamente quando essas pessoas estão em situação de vulnerabilidade ou são vítimas de violência.
Mãe de um adolescente trans – Levi, hoje com 14 anos -, a própria Janaína foi amparada pela ONG há cerca de dois anos, quando sua casa, em Poções, foi apedrejada por pessoas homofóbicas. Hoje, como integrante do coletivo, ela devolve a outras mães e pais o amparo que recebeu quando precisou. “Eles me acolheram quando passei por isso”, relatou Janaína, que foi à Marcha em companhia da amiga Rose França e do filho dela, Otávio, 22 anos.
Garantindo direitos básicos
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias, falou sobre as iniciativas do Governo Municipal nessa área. “Todo o governo entende a necessidade de nós visibilizarmos essa pauta, compreendendo que somos um governo para todas as pessoas dentro de um processo democrático. Reforçar a pauta dos direitos humanos é uma questão fundamental para nós garantirmos que a população LGBTQIAPN+ possa, cada vez mais, ampliar a sua participação na vida da comunidade, acessando direitos básicos que as políticas públicas precisam estar promovendo”, defendeu.
Representando o Conselho Regional de Psicologia (CRP-03), as dirigentes do órgão, Priscila Barbosa Lins e Joice Pereira, deixaram claro que, para a categoria, não há lugar para profissionais que se baseiam em preconceitos. “O Conselho Federal e os conselhos regionais de todo o Brasil são contrários a qualquer prática discriminatória. A gente não trabalha com ‘cura gay’. E estamos aqui para informar que a psicologia tem que estar atuante no combate a qualquer forma de opressão e de discriminação”, garantiu Priscila.
Texto e fotos: SECOM/PMVC